quinta-feira, 19 de março de 2015

Raças exóticas de gatos domésticos


ciencia-natureza-gato-Devon-Rex
Devon rex
A aparência do devon rex, dizem, serviu de inspiração para o diretor Steven Spielberg criar o personagem E.T. no filme homônimo, de 1982. A raça tem origem inglesa e é comum na Europa. Na América do Sul, só é encontrada na Argentina.
Pistas genéticas – Nesse grupo de felinos selvagens de pequeno porte no Brasil, outro caso de hibridação foi encontrado pelos pesquisadores. Este, porém, ocorreu há milhares de anos e desapareceu, deixando apenas pistas genéticas. É o caso do L. tigrinus e do gato-palheiro (Leopardus colocolo), que habita o Centro-Oeste e tem pelagem com menos manchas.
Atualmente, as duas espécies são geneticamente distintas e não se reproduzem entre si. A descoberta foi feita a partir da análise do DNA mitocondrial (localizado no interior das mitocôndrias, organelas responsáveis por produzir energia nas células) desses animais. Enquanto o DNA “comum” de um indivíduo, conhecido como nuclear, é herdado da mãe e do pai, o mitocondrial vem exclusivamente do lado materno, e se preserva com o passar das gerações.
Os estudos mostraram que o DNA mitocondrial do L. tigrinus vem do gato-palheiro. De acordo com Eizirik, no passado, fêmeas de gato-palheiro cruzaram com machos de L. tigrinus, gerando filhotes com o DNA dos dois animais. Quando a hibridação acabou, os traços do gato-palheiro foram desaparecendo do DNA “comum” do L. tigrinus, gerando novamente indivíduos puros. O DNA das mitocôndrias, porém, continua sendo o do gato-palheiro.
Para Eizirk, as novas descobertas levam a uma importante conclusão: faltam pesquisas sobre biodiversidade, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Atualmente existem cerca de 2 milhões de espécies reconhecidas, mas as estimativas são de que esse número represente de 1 a 5% das espécies existentes. “As pessoas têm a ideia de que os felinos, que agora somam 38 espécies no mundo, são bem conhecidos, mas ainda existem informações básicas sobre eles que não foram descobertas”, afirma o pesquisador.
Maine coon
Os maiores gatos domésticos existentes fazem jus ao apelido de gigantes – podem medir até 1,20 metro do focinho à ponta do rabo. Sociável e com o costume de seguir o dono pela casa, o maine coon costuma ser adotado por amantes de cachorros, que encontram nesses felinos certas semelhanças com os cães.
Norueguês-da-floresta
A raça surgiu no ambiente úmido das florestas da Noruega. Por isso, desenvolveu a pelagem impermeável e o costume de subir em árvores. No Brasil, começa a ser difundida, mas ainda é rara.
Ragdoll
Em inglês, ragdoll significa boneca de pano. Não por acaso, esse é o nome da raça de gatos delicados que, no colo, relaxam e ficam molengas. No Brasil, o gato é relativamente comum, mas é preciso estar atento: o verdadeiro ragdoll sempre tem olhos azuis.
Sagrado-da-birmânia
É o famoso “gato das luvinhas brancas”. Reza a lenda que os bichanos da raça, originária da antiga Birmânia e atual Mianmar, na Ásia, receberam as “luvas” nas patas por serem gatos sagrados que viviam em templos budistas da região. Trata-se de uma raça muito difundida na Europa, mas pouco presente no Brasil.
ciencia-natureza-gato-Burmes-20131126-01-size-620
Angorá-turco
Ao contrário do que se pensa, no Brasil existem pouquíssimos gatos da raça angorá-turco. Eles têm corpo atlético e peles resistentes, o que chega a dificultar a aplicação de injeções. O angorá-turco é extremamente ativo e agitado.
American curl
De temperamento alegre e brincalhão, o american curl pode ser identificado por suas orelhas: elas são curvadas para trás em um ângulo que varia entre 90 e 180º. Originário dos Estados Unidos, é raro encontrá-lo no Brasil.
British shorthair
A fisionomia do british shorthair, raça que teve origem nos bichanos de rua da Inglaterra, inspirou o gato sorridente do livro “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. Mas o sorriso não passa de aparência: na verdade, o british shorthair não é muito sociável e gosta mesmo é de passar mais tempo sozinho.
Burmês
A despeito da cara de mau, o burmês costuma ser sociável e ter um bom temperamento. Por um fator genético, a cor da pele desses bichanos possui um tom sépia, criando um efeito especial na coloração. A raça é rara no Brasil: existem apenas sete exemplares no país.
Bengal
A raça nasceu do cruzamento de gatos selvagens com domésticos. Esses animais não são muito sociáveis e preferem viver sozinhos.
Sphynx
A raça sphynx — o nome é uma referência ao formato de esfinge da cabeça dos bichanos — surgiu no Canadá na década de 1980, após uma mutação genética espontânea que deu origem a gatos sem pelos. Para suprir a falta de proteção térmica causada pela ausência de pelagem, os sphynx têm temperatura mais alta do que outros gatos: 41 graus Celsius, dois acima da média das demais raças. Por isso, ao tocar em um deles a sensação é a de que o bichano está com febre.
ciencia-natureza-gato-Sphynx-20131126-07-size-620

Nenhum comentário:

Postar um comentário